jueves, 25 de junio de 2015

Sobre la disolución de NOS-UP

Teresa Moure publica en el  Diário Liberdade un análisis sobre la disolución de NOS-UP del que ofrecemos un extracto:


Da sua constituição em 2001, NÓS-UP foi uma força nas margens, com pouca visibilidade nos médios de comunicação, porque não centrou o seu trabalho nas instituições. Porém, isso não lhe impediu nutrir a sociedade galega dum discurso fulcral, visualizado num potente ativismo, no mundo sindical, no estudantado, no reintegracionismo, nos centros sociais que são força viva da cultura popular; um discurso, pois, que nos nutriu a tod@s. A quem estavam dentro e a quem estávamos fora. Muitas das minhas posturas foram matizadas ou mudadas após a leitura do imenso arsenal de textos produzidos nessa organização política. Esses textos e o seu potencial formativo vinham do esforço generoso da militância, não retribuído economicamente, desconsiderado na sociedade mercantilizada que habitamos. Vinham, para além disso, polidos e trabalhados, entendo, pelos debates internos: eram uma voz conformada na Galiza, com pouca capacidade de incidir na realidade, diriam alguns, mas com uma influência decisiva na agitação e na formação das pessoas que tentamos transformar o que há. Importa, se vamos construir uma sociedade galega radicalmente nova, agradecer às pessoas que se implicaram no projeto político que desaparece os esforços que fizeram por este país.

Nem conheço nem preciso saber as causas que levam ao apagamento. A coesão duma organização das caraterísticas de NÓS-UP vê-se facilmente ameaçada e, como se indica no comunicado, a maioria da filiação avalia criticamente a utilidade atual desta ferramenta. Apenas pode respeitar-se essa decisão sem que procedam agora os reproches ou as leituras em chave eleitoral, do estilo de que a radicalidade independentista se extingue. As siglas, ainda que às vezes nos apeguemos a elas por sentimentos –porque se levaram grandes energias das nossas vidas– são só ferramentas. Se as companheiras e companheiros de NÓS-UP acharem que essas siglas já não são úteis, só podemos respeitar e dar por bem feito que as abandonem. Porém, o que não se pode é valorar o percurso transitado como um erro, nem abandonar o interesse por mudar a realidade. Uma Galiza ceive, socialista e nom patriarcal não é um sonho; simplesmente um objetivo estratégico ainda não conseguido. E, portanto, as gentes que com força acreditam nesses princípios, não podem marchar para a sua casa sem mais.

miércoles, 24 de junio de 2015

Disolución de NOS-UP

Declaración final de la VIII Asamblea (extraordinaria) de NÓS-UP reunida en Santiago de Compostela desde el 20 de junio:


Quando se completam 14 anos desde a Assembleia Fundacional de NÓS-Unidade Popular, decorrida na nossa capital, Compostela, em junho de 2001, a mesma cidade acolheu hoje a nossa VIII Assembleia Nacional, de caráter extraordinário.

O ponto único da ordem de trabalhos foi a viabilidade desta ferramenta política construída durante todos estes anos ao serviço de um projeto de libertaçom nacional, social e de género que a totalidade de participantes continua a considerar vigorante.

No entanto, a reafirmaçom na necessidade de um projeto dessas caraterísticas nom impediu que a maioria da filiaçom e colaboradores/as assistente avaliasse criticamente a utilidade atual desta ferramenta política ao serviço de um desafio histórico como esse.

A VIII Asssembleia Nacional de NÓS-Unidade Popular, reunida em Compostela a 20 de junho de 2015, considera esgotado o ciclo político iniciado pola nossa organizaçom em 2001.

Avaliando positivamente para o País e para o nosso povo o trabalho realizado pola nossa filiaçom, com os seus acertos, erros e experiências sempre ao serviço da causa nacional e de classe, acordamos a dissoluçom de NÓS-Unidade Popular.

É vontade unánime entre a filiaçom ativa da nossa organizaçom continuar a contribuir organizada e coletivamente para os objetivos políticos fundacionais de NÓS-Unidade Popular.

Deverá ser cada organizaçom da nossa esquerda nacional que avalie a sua própria trajetória e evoluçom futura no caminho de serviço ao povo trabalhador galego, se bem fazemos um apelo à reflexom sobre a situaçom de crise do projeto nacional galego e da sua esquerda patriótica.

 Em momentos históricos extraordinários como o atual, é necessário tomar decisons extraordinárias que permitam retificar e avançar. A unidade da esquerda patriótica é umha necessidade ineludível e urgente.

Como primeiro gesto nessa direçom e último gesto político da nossa organizaçom, a VIII Assembleia Nacional de NÓS-Unidade Popular quer fazer público reconhecimento da iniciativa que nestes dias visa convocar um Dia da Pátria unitário em coordenadas soberanistas e de esquerda.

Se essa convocatória suprapartidária acabar por se verificar, contará com a participaçom coletiva do conjunto da que até agora foi filiaçom e base social de NÓS-Unidade Popular.

O nosso reconhecimento é neste momento para a entrega de todos os companheiros e companheiras, especialmente as que lamentavelmente já nom estám entre nós, que contribuírom para o trabalho político patriótico, feminista e de esquerda desenvolvido durante todos estes anos no seio da nossa organizaçom em prol da Independência e o Socialismo.

 Galiza, 24 de junho de 2015

T