MANIFESTO DO COMITÉ DE SOLIDARIEDADE COAS REPRESALIADAS POLÍTICAS
Atualmente estamos a viver umha escalada repressiva brutal que resposta ao crescimento do descontento social por mor dumha medrança da desigualdade que está levando ao aumento da mobilizaçom social. Esta repressom enquadra-se dentro da situaçom atual de crise, mas nom é nada novo, só umha necessidade de qualquer Estado capitalista para conter as protestas do povo.
Neste contexto de luita polos direitos e conquistas históricas das trabalhadoras, aparecem novas leis de terror como o projeto de nova Lei de Segurança Cidadá e o de reforma do Código Penal, que endurecem aínda mais o castigo contra todas aquelas que erguem a sua voz e luitam, estendendo a repressom a sectores da populaçom cada vez mais amplos. Tanto tem que for umha estudante, umha trabalhadora, umha parada ou umha imigrante; a brutalidade policial, as detençons... cada vez vam a pior.
Estas agressons sofrem-nas especialmente as pessoas presas. Assim, situamos o nosso projeto dentro dumha luita anti-carcerária e anti-repressiva amplas, pois nom damos a este Estado criminal a legitimidade para encerrar a ninguém, já que sabemos que a maior parte dos delitos nom existiriam sem desigualdades sociais, somando a isto que o que lhes espera a estas pessoas na prisom som umhas condiçons de vida inhumanas. Dentro desta luita ampla, centramos a nossa atividade na luita pola liberdade das quase 400 presas políticas do Estado espanhol, 15 delas galegas, dispersadas a centos e miles de quilómetros das suas famílias.
Mália existirem já plataformas e iniciativas solidárias e anti-repressivas, nós queremos construir um movimento solidário unitário e amplo, que supere as divisons e os sectarismos, ao igual que tratamos de vincular este com a luita geral contra a oligarquia financeira espanhola. Só assim poderemos lograr os nossos objetivos.
Por todo isto xorde o Comité de Solidariedade com as Retaliadas Políticas (CSRP), no que confluem pessoas de diversas sensiblidades políticas com o objetivo de trabalhar e atuar unidas de cara a difundir a solidariedade e fazer-lhe fronte à repressom.
O CSRP está aberto à colaboraçom com indivíduos e coletivos na causa solidária e anti-repressiva e prestaremos a nossa ajuda a toda aquela que estiver sofrento a repressom. No entanto, o Comité é independente e manterá-se separado orgânica e economicamente de qualquer organizaçom ou instituiçom, especialmente daquelas que forem cúmplices ou parte ativa na repressom.
O CSRP propom umha série de pontos mínimos para reinvindicar e polos quais luitaremos:
1. Amnistia! Liberdade para TODAS as presas políticas e sociais.
2. Derrogaçom de toda a legislaçom repressiva, como a Lei de Segurança Cidadá, a Lei Anti-terrorista, a Lei de Partidos, o regime FIES, etc.
3. Dissoluçom do tribunal político herdado do franquismo chamado Audiência Nacional.
4. Dissoluçom de todos os corpos repressivos do Estado.
5. Anulaçom de qualquer sançom administrativa ou penal por motivos políticos.
6. Liberdades políticas e sindicais plenas para a classe obreira e o povo. Polo respeito às liberdades de expressom, associaçom, reuniom, greve e manifestaçom.
7. Supressom de todos os CIEs.
8. Julgamento dos responsáveis políticos, policiais e militares da repressom, torturas, crimes de Estado, etc.
9. Exigência ativa do respeito da dignidade de qualquer presa.
Contra a repressom, uniom e solidariedade!
Comité de Solidariedade com as Retaliadas Políticas (CSRP)
Compostela, novembro de 2014.
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